Não havia tantas flores na volta, mas o caminho era o mesmo. As coisas estavam confusas, meio ressecadas, meio distorcidas e ela continuava com a mania de sorrir diante daquilo que lhe causava medo, já não tinha a mesma percepção; raras eram as vezes que conseguia captar malícia nos atos, tropeçou então na inocência.
Refletia nos olhos o brilho da sinceridade, no toque a gentileza da dignidade e a boca derramava tentações das quais ele mesmo não imaginava possuir. Não teve tempo de descobrir o mundo, o amor lhe encontrara antes mesmo da ideia, na forma mais encantadora fechou seus olhos para o lado negro e inundou sua mente com fé infinita.
Ele aproveitava o tempo sozinho, ela escondia as palas deixadas por ele para que não arruinasse a base, ela se segurava, ele os mantinha. Ela congelava os momentos e ele acendia o esquecimento.
As noites anexavam-se na esperança de que um dia, talvez dentro de alguns meses ou anos, as coisas pudessem começar a endireitar em benefício de um futuro tão almejado; pois todos sabem que se trata de destino e não de sorte.
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