quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

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Todas as formas de carinho vinham nostálgicas nessa época do ano. O vento gelado, os olhares discretos, as chuvas finas, a subestimação do não, a persistência, a desconfiança sem sentido, a exaustão... Tudo estava ao contrário dessa vez, mas ainda fazia sentido dentro do círculo. Ainda sabia dos motivos que acorrentam corpos, queria saber agora sobre as almas e o sentimento que começara a desvendar nos últimos dias; essa precisão da qual não conseguia mais fugir ecoava no peito e clareava mais que as velas costumeiras. Não há amor pra quem não sabe amar e os homens perderam a noção do que é belo, o que existe hoje são só estilhaços do que conseguem deduzir sobre amor e emoções baratas.

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