O céu cai que nem granada, a bolsa afunda na água e onde estão as pernas? Maquiagem borra no rosto, mas não há lágrimas, cheiro de queimado e doces por todos os lados... Tudo isso debaixo do meu próprio teto, como não consigo tocar? Talvez esteja só na minha mente, não seria a primeira vez e concerteza nem a última.
Tua inocência confundiu os nossos restos de chance, um par de olhos claros e mais fumaça pra não perder o clichê. Eu lembro desses tijolos e da força que surgi quando te imagino do outro lado, não há arranhões. Há prédios, uma escada interminável de prédios babilônicos e no desespero da perdição me desfaço, abro os olhos, engulo seu nome e agradeço por ter alguém que faça seu almoço, mesmo que isso cause seu desgosto.
Amanhã volto a sentir coisas boas, empurro seus vestígios pra caixinha que a loira maluca me presenteou e volto a ser mulher feliz de gente que merece minhas olheiras.
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