Saudade vem pra que eu possa voltar. Escutar palas diárias e sem importância, fofocas quentes e sujas das vidas alheias monótonas, atores atuando e atrizes inflando seu ego a preço baixo, quase impagável. Roupas da moda, maquiagem insuficiente e risadas forçadas. "Você está feliz?"
Felicidade é carma da cegueira. Quem prefere enxergar tem de se acostumar com a tristeza instável e driblar o veneno da Babilônia que vem para sugar nossos sonhos com meras esmolas temporárias.
Insanidade parece que aumenta junto com o passar dos anos, e nossos planos se concretizando faz pensar em quem, pela falta do que comer, não tem força pra combater e vencer e esquecer... Dando preferência às lamentações ou à pirraça, ou qualquer meio de causar mágoa sem despertar revolta. O bastante para não morrer de frio essa semana.
Um afago materno nas raízes da beleza em comum, faz crer que felicidade constante só se sente ao estar perto de quem é capaz de afirmar estar pela melhoria, não interesse ou medo ou vaidade. Família é berço de ouro - pobre ou rica -, é caixa de remédios sem bulas, é declaração disfarçada de ofensa, é caixão e portas sempre abertas.
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