Ultimamente ela olha pro espelho e desconhece aquilo que vê. Ela costumava ter as bochechas rosadas, o sorriso largo e o costume de rir sempre que não convêm; hoje ela mal consegue captar o que mudou dentro de si.
Há linhas tão finas entre aquilo que ela acredita e o que realmente é... Seria capaz de fazer qualquer um se perder em meio à tantos pensamentos e dúvidas sem respostas, mas o problema estava mesmo em lidar com cada par de olhos que lhe encontraria pirando.
Ninguém desconfiava da sua suposta perca de sentidos, por mais que ela pudesse querer ajuda, todos aquele que eram pra ser as suas pessoas estavam cegos demais e incapacitados demais. E ela só queria cair um pouco mais, pois sabia que conseguiria voltar; ela só queria liberdade pra sentir e dizer e fazer o que for, mas ela já estava perdida em seus pensamentos. E ia levando, sem ao menos se perguntar quantos minutos passaram desde a última viagem, intercalando o seu tempo com meias verdades e verdades incontestáveis, pregando peças na realidade, abraçando o seu próprio mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário